quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
Pilates para bebe e mamae
A atividade física na gestação, inclusive na reta final dos nove meses, só traz ganhos. E é uma pena para a mãe e para o filho que muita gente não se da conta disso.
Antes de qualquer coisa, cada grávida é uma grávida e a última palavra é sempre do obstetra. Só ele pode dizer o que a paciente tem condições de fazer. Mas, com o sinal verde, a gestante ganha, e muito, se largar o sedentarismo.
Com o acompanhamento do método Pilates em sua gestação fica claro os benefícios como, o bem estar, a gestante engorda menos, não sofre tanto com dores nas costas e nas pernas graças ao fortalecimento da musculatura, tem menos risco de desenvolver diabete gestacional e hipertensão. Isso sem contar a melhora no condicionamento e no alongamento, o que facilita por tabela o trabalho de parto.
Longe de se tornar mais frágil, a futura mãe vira uma espécie de supermulher. Ela tem mais sangue em circulação, ganha flexibilidade, alguns sentidos se aguçam.
O Pilates é uma modalidade de exercícios de baixo impacto que são realizados em aparelhos. O método trabalha força, concentração, equilíbrio, reequilíbrio muscular e realinhamento corporal e emocional excelente para gestantes.
O benefício mais importante para a gestante é o trabalho de respiração e o desenvolvimento da musculatura do abdômen.
Os exercícios fortalecem a musculatura pélvica que ajudará no parto, se for parto normal.
Claro que tudo depende de quantos meses a gestante está, se a gestação está muito avançada, existe uma limitação nos movimentos.
Existem muitos casos de mulheres que sofrem abortos espontâneos devido ao fato de sua musculatura pélvica ser muito fraca e um dos melhores benefícios do Pilates é o fortalecimento desta musculatura.
Tudo que faz bem a mãe faz bem ao bebê de alguma maneira.
Fonte: http://www.revistapilates.com.br/ publicado em 04/01/08
Antes de qualquer coisa, cada grávida é uma grávida e a última palavra é sempre do obstetra. Só ele pode dizer o que a paciente tem condições de fazer. Mas, com o sinal verde, a gestante ganha, e muito, se largar o sedentarismo.
Com o acompanhamento do método Pilates em sua gestação fica claro os benefícios como, o bem estar, a gestante engorda menos, não sofre tanto com dores nas costas e nas pernas graças ao fortalecimento da musculatura, tem menos risco de desenvolver diabete gestacional e hipertensão. Isso sem contar a melhora no condicionamento e no alongamento, o que facilita por tabela o trabalho de parto.
Longe de se tornar mais frágil, a futura mãe vira uma espécie de supermulher. Ela tem mais sangue em circulação, ganha flexibilidade, alguns sentidos se aguçam.
O Pilates é uma modalidade de exercícios de baixo impacto que são realizados em aparelhos. O método trabalha força, concentração, equilíbrio, reequilíbrio muscular e realinhamento corporal e emocional excelente para gestantes.
O benefício mais importante para a gestante é o trabalho de respiração e o desenvolvimento da musculatura do abdômen.
Os exercícios fortalecem a musculatura pélvica que ajudará no parto, se for parto normal.
Claro que tudo depende de quantos meses a gestante está, se a gestação está muito avançada, existe uma limitação nos movimentos.
Existem muitos casos de mulheres que sofrem abortos espontâneos devido ao fato de sua musculatura pélvica ser muito fraca e um dos melhores benefícios do Pilates é o fortalecimento desta musculatura.
Tudo que faz bem a mãe faz bem ao bebê de alguma maneira.
Fonte: http://www.revistapilates.com.br/ publicado em 04/01/08
OS PRINCIPIOS DO MÉTODO PILATES® NO SOLO NA LOMBALGIA CRÔNICA THE PRINCIPLES OF MAT PILATES® METHOD IN CHRONIC LOW BACK PAIN
OS PRINCIPIOS DO MÉTODO PILATES® NO SOLO NA LOMBALGIA CRÔNICA
THE PRINCIPLES OF MAT PILATES® METHOD IN CHRONIC LOW BACK PAIN.
Diego Alano Carvalho*; Inês Alessandra Xavier Lima**
......................................................................................................................................................
* Acadêmico do 8º semestre do Curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa
Catarina (UNISUL), ** Fisioterapeuta, Profissional de Educação Física, Professora das
disciplinas Cinesiologia e Cinesioterapia da UNISUL (Campus Tubarão e Grande
Florianópolis), Mestre em Educação Física.
RESUMO
Os quadros de lombalgia crônica podem
ter relação com fraqueza abdominal e
podem comprometer a independência
funcional e qualidade de vida do individuo.
O Método Pilates® possibilita vários
benefícios ao praticante através de
exercícios praticados com poucas
repetições, priorizando o trabalho
constante da musculatura abdominal,
podendo ser trabalhado em aparelhos ou no
solo (o chamado Mat Pilates®). Este
estudo, quase-experimental, objetivou
analisar os efeitos dos princípios do
Método Pilates® no solo na lombalgia
crônica, buscando identificar o nível de
quadro álgico e levantar a amplitude de
movimento da coluna lombar pré e pósintervenção,
tendo como amostra um
sujeito do gênero feminino (idade de 47
anos), com diagnóstico clínico de
lombalgia crônica. Como instrumentos
para a coleta de dados foram utilizados a
ficha de avaliação físico-funcional da
coluna vertebral (adaptada de Alexandre e
Moraes, 2001), testes para verificação do
nível de flexibilidade (HOPPENFELD,
1999; MARQUES,2000), o sinal de
Laségue (BATES, 2005) e o mapa de
desconforto para diferentes partes do corpo
(MORAES, 2002). Com relação ao quadro
álgico, obteve-se redução da dor na coluna
lombar e quadril direito; quanto à
flexibilidade e mobilidade da coluna
vertebral, houve diminuição da distância
no teste finger-floor e no teste de
inclinação lateral à direita e à esquerda,
além de fechamento dos ângulos coxofemoral
e tíbio-társico no pós-teste. Sendo
assim, os resultados sugerem que o Método
Pilates® no solo pode proporcionar efeitos
benéficos em quadros de lombalgia crônica
e que este se apresenta como mais um
recurso fisioterapêutico disponível para
uma intervenção diferenciada e específica.
Palavras-chaves: Dor Lombar,
Fisioterapia, Método Pilates®.
ABSTRACT
The pictures of chronic lomb back pain can
have relation with abdominal weakness
and can compromise functional
independence and quality of life of person.
The Pilates® Method makes possible some
benefits to the practitioner through
exercises practised with few repetitions,
prioritizing the constant work of the
abdominal muscle, being able to be worked
in devices or the ground (the call Mat
Pilates®). This study, almost-experiment,
it objectified to analyze the effect of the
principles of the Pilates® Method in the
ground in the chronic lomb back pain,
ARTIGO ORIGINAL
searching to identify the level of pain
picture and to raise the amplitude of
movement of the lumbar column daily pay
and after-intervention, being had as it
shows a citizen of the feminine sort (age of
47 years), with clinical diagnosis of
chronic lomb back pain. As instruments for
the collection of date they had been used
the evaluation fiche physicist-functionary
of the vertebral column (adapted of
Alexander and Moraes, 2001), tests for
verification of the level of flexibility
(HOPPENFELD, 1999; MARQUES,
2000), the signal of Laségue (BATES,
2005) and the map of discomfort for
different parts of the body (MORAES,
2002). With regard to the álgico picture,
reduction of pain in the lumbar column and
right hip was gotten; how much to the
flexibility and mobility of the vertebral
column, it had reduction of in the distance
in the finger-floor test and the test of
lateral inclination to the right and the left,
beyond closing of the angles lame personfemoral
and tíbio-társico in the after-test.
Being thus, the results suggest that the
Pilates® Method in the ground can provide
beneficial effect in pictures of chronic
lomb back pain and that this if presents as
plus an available Physiotherapie resource
for a differentiated and specific
intervention.
Key-words: Low back pain;
Physiotherapy; Pilates® method.
INTRODUÇÃO
O enfraquecimento da musculatura
abdominal pode causar danos à saúde do ser
humano, e estes danos podem interferir
seriamente nas atividades de vida diária
(AVD’s) de uma pessoa. Uma musculatura
abdominal fraca poderá facilitar o
desenvolvimento de alterações na coluna
vertebral, com conseqüências como a
lombalgia, a qual pode interferir na
biomecânica da coluna vertebral, que exerce
um papel importante nos movimentos
realizado pelo corpo humano, dando
estabilidade e ampliando os movimentos,
muitas vezes comprometendo a
independência funcional do individuo e sua
qualidade de vida.
Para Andrade, Araujo e Vilar (2005, p.
224), a “dor lombar é uma das alterações
músculo-esqueléticas mais comum na
sociedade, podendo afetar cerca 70% a 80%
de pessoas em algum momento de suas
vida”.
Mendes (1996) conceitua lombalgia
crônica com “a dor persistente durante três
meses, no mínimo, o que corresponde a 10%
dos sujeitos das amostras acometidos por
lombalgia aguda recidivante. Esse tipo de
lombalgia é mais comum em sujeito da
amostras de 45 a 50 anos”. Os principais
fatores responsáveis pela cronicidade das
dores lombares são problemas psicológicos,
baixo nível de escolaridade, trabalho pesado
ou em postura sentada, levantar grandes
quantidades de peso, sedentarismo, acidentes
de trabalho, dirigir veículos, horas
excessivas de trabalho, gravidez, ferimentos
e tabagismo. Nieman (1999), em relação à
prevalência sexual e etária, relata que é mais
comum a dor lombar em mulheres que em
homens e que esta patologia acomete
geralmente mais indivíduos na idade
produtiva em média dos 25 aos 60 anos.
O músculo que tem como um dos
objetivos principais dar estabilidade à coluna
vertebral é o transverso abdominal, uma vez
que a função dele é de envolver a coluna
vertebral e a cintura pélvica estabilizando a
coluna lombar. Um músculo transverso
abdominal forte garante uma maior
estabilidade a coluna vertebral, e é neste
músculo que está o foco da atuação do
Método Pilates®.
Os músculos abdominais participam
no suporte da coluna, funcionando de uma
maneira que diminua a tensão exercida sobre
a mesma, sendo que este suporte dado a ela
poderá ser diminuído com o
enfraquecimento de tal musculatura, visto
que o fortalecimento dos músculos
abdominais trará mais estabilidade à coluna
vertebral.
O Método Pilates®, segundo o criador
do método - Joseph Pilates possibilita vários
benefícios ao praticante, desde o
aprimoramento da resistência à fadiga ao
alinhamento corporal, através de exercícios
de fortalecimento praticados com poucas
repetições, os quais exigem muita
concentração e atenção.
O referido método prioriza a o trabalho
muscular abdominal para garantir a boa
funcionalidade da coluna vertebral, entre
outras coisas, viabilizando a independência
funcional dos praticantes. Atualmente, o
Método Pilates® vem sendo utilizado por
profissionais fisioterapeutas com a intenção
de reverter quadros de disfunção da coluna
vertebral, inclusive da região lombar.
Em função da utilização cada vez mais
freqüente deste método com enfoque
terapêutico, mostra-se interessante
identificar sua repercussão em um quadro
álgico bastante prevalente na sociedade
ocidental, a lombalgia crônica, a fim de
garantir maiores informações aos
profissionais fisioterapeutas e à sociedade
em geral.
Existem vários estudos científicos
feitos sobre as doenças da coluna vertebral,
mas há certa escassez em estudos
relacionados ao tratamento da lombalgia
crônica. Estudos que falam sobre o
2
tratamento da lombalgia crônica acabam
optando e utilizando como tratamento, uma
relação de exercícios onde se utiliza de
vários artifícios, poucas vezes priorizando
um único método de exercícios como
tratamento. Sendo assim, justifica-se este
estudo pela dificuldade de encontrar
materiais científicos especificamente
relacionados ao tratamento da lombalgia
crônica com o uso exclusivo de um método,
mais especificamente, utilizando os
princípios do Método Pilates® no solo de
forma terapêutica, tendo como objetivo geral
analisar os efeitos dos princípios do Método
Pilates® no solo na lombalgia crônica e
como objetivo especifico identificar o nível
do quadro álgico e levantar a ADM da
coluna lombar da amostra pré e pósintervenção
fisioterapêutica.
MATERIAL E MÉTODOS
Neste estudo do tipo quantitativo de
intervenção quanto à abordagem, explicativa
quanto ao nível e um estudo de caso quanto
ao procedimento; a amostra foi constituída
por um sujeito do gênero feminino, com
idade de 47 anos e diagnóstico clínico de
lombalgia crônica.Os critérios de inclusão da
amostra foram: gênero feminino; idade 45 a
50 anos; diagnóstico clínico de lombalgia
crônica; disponibilidade de tempo para o
tratamento em estudo; ausência de
tratamentos associados e ser residente em
Tubarão ou região.
Para a coleta de dados desta pesquisa
foram utilizados os seguintes instrumentos:
ficha de avaliação adaptada de Alexandre e
Moraes (2001), na qual constam os itens
identificação, história de saúde, sinais e
sintomas específicos, exame físico
específico e testes especiais - teste dedo
médio x chão/ “finger-floor”
(HOPPENFELD, 1999), teste de inclinação
lateral do tronco (HOPPENFELD, 1999),
teste de retração da cadeia muscular
posterior (MARQUES,2000) e sinal de
Laségue (BATES, 2005); Escala de
desconforto para diferentes partes do corpo
(MORAES, 2002); tatame; bola terapêutica
da marca Gynic-Line® de 40 cm de
diâmetro; cunha e rolo pequeno com
circunferência de 68 cm.
Inicialmente, foi realizada uma triagem
na lista de espera da Clínica-Escola de
Fisioterapia, da UNISUL, campus Tubarão-
SC, em busca de adultos do gênero feminino
encaminhadas à intervenção fisioterapêutica
com diagnóstico clínico de lombalgia.
Simultaneamente, houve o recebimento do
parecer do Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade do Sul de Santa Catarina
(CEP/UNISUL), código 0.6.168.4.08.III,
aprovando a realização o estudo. A partir da
identificação dos casos, os sujeitos foram
contactados via telefone, oportunidade na
qual foram questionados a respeito dos
critérios de inclusão. O sujeito que se
enquadrou em todos os critérios foi
convidado a comparecer à Clínica-Escola de
Fisioterapia da UNISUL, no dia 18/08/2006,
para a realização da avaliação
fisioterapêutica. O mesmo foi orientado a
comparecer com roupa adequada para a
realização da referida avaliação e somente
foi avaliado após a assinatura do termo de
consentimento livre e esclarecido (TCLE).
A avaliação fisioterapêutica iniciou
com a aplicação da ficha de avaliação físicofuncional
da coluna vertebral, com a qual
foram levantados os dados pessoais, história
de saúde (aspectos posturais e ergonômicos),
sinais e sintomas específicos (considerações
sobre as dores), exame físico específico
(inspeção estática, inspeção dinâmica
palpação, avaliação muscular específica)
manobras especiais (sinal de Laségue,
“finger-floor”, teste de inclinação lateral de
tronco e teste de retração de cadeia
posterior) e avaliação de dor e desconforto
através da escala de desconforto para
diferentes partes do corpo.
3
A partir da avaliação inicial, foram
agendados os atendimentos fisioterapêuticos
e elaboradas as prescrições de exercícios
baseados nos princípios método Pilates no
solo. Cada intervenção fisioterapêutica foi
composta por exercícios globais, os quais
trabalharam simultaneamente padrão
ventilatório, alongamento e fortalecimento
muscular, com a intenção de diminuir ou
eliminar o quadro de lombalgia crônica e
suas conseqüências.
Foram realizados dois (2)
atendimentos semanais, às 3ª e 5ª feiras, com
duração média de 60 minutos cada, durante
cinco (5) semanas, totalizando dez (10)
atendimentos, sendo que o primeiro e o
último atendimento foram utilizados para a
avaliação pré e pós-intervenção,
respectivamente; sendo este o número de
intervenções viável em função do tempo
disponível para a realização da coleta de
dados. Na avaliação pós-intervenção
fisioterapêutica foram seguidos os mesmos
meios e procedimentos utilizados no préteste.
Os atendimentos foram realizados nas
dependências da Clínica-Escola de
Fisioterapia da UNISUL/Campus Tubarão,
no período entre 28/09/2006 a 03/10/2006,
consistindo de exercícios terapêuticos
baseados nos princípios do método Pilates®
no solo, realizados em decúbito dorsal,
decúbito ventral e sentada.
Foram 7 (sete) os exercícios
trabalhados nos atendimentos, os quais
foram inseridos de forma progressiva com
relação ao grau de dificuldade na execução.
Todos os exercícios foram definidos a partir
dos dados coletados na pré-avaliação e na
evolução do sujeito da amostra no decorrer
da intervenção fisioterapêutica.
Foram escolhidas posturas que
mantivessem as curvaturas fisiológicas da
coluna e que promovessem apoio e
estabilidade à coluna lombar, ativando a
contração da musculatura abdominal, das
coxas e glúteos: “o cem”, “círculo com uma
perna”, “estiramento da coluna para frente”,
“estiramento das duas pernas”, “cisne”,
“rolamento para frente” e “alongamento de
uma perna”.
Os exercícios utilizados, de acordo
com Aparício e Perez (2005), Civita (2004),
Craig (2004), Dillman (2004), Herdaman e
Selby (2000), são considerados básicos.
Entretanto, mesmo com o fato de no decorrer
das intervenções o sujeito da amostra
mostrar-se capaz de realizar exercícios de
nível moderado, não houve alteração no
nível de intensidade dos exercícios devido a
pouca afinidade do sujeito da amostra com o
método.
Deu-se inicio às intervenções
aplicando uma postura por atendimento, de
maneira que elas foram cumulativas até
somarem três. No momento em que ocorreu
o quarto atendimento, o exercício aprendido
no primeiro atendimento foi substituído pelo
exercício aprendido no atendimento do dia, e
assim sucessivamente.
As posturas realizadas no tratamento
foram precedidas pelo exercício de ponte, o
qual foi utilizado em todos os atendimentos
como aquecimento prévio aos exercícios
baseados no método Pilates® no solo. Kisner
e Colby (1992) comentam que o exercício de
ponte serve para obter um fortalecimento da
musculatura glútea e parte inferior de tronco,
possibilitando a melhora do controle de
tronco inferior e dos membros inferiores
(MMII) e aumentando a força dos
estabilizadores de quadril.
RESULTADOS
A seguir são apresentados os
resultados da coleta de dados pré e pósintervenção
fisioterapêutica. Os dados
coletados foram organizados e apresentados
em gráficos e ilustrações, e tratados através
de estatística descritiva. Na análise
estatística foi aplicada para a variável
estudada, a estatística descritiva
(freqüência).
4
Amplitude de Movimento
Testes de mobilidade da coluna vertebral
Os testes de mobilidade da coluna
vertebral foram realizados na avaliação pré e
pós-intervenção no sujeito da amostra,
conforme apresentado no gráfico 1.
Gráfico 1: Resultados referentes aos testes
de mobilidade da coluna vertebral “fingerfloor”,
“inclinação lateral à direita” e
“inclinação lateral à esquerda” – pré e pósintervenção
fisioterapêutica.
0
10
20
30
40
50
Finger-floor Inclinação
Lateral D
Inclinação
Lateral E
Pré-avaliação
Pós-avaliação
A realização do teste de Finger–floor
na amostra apresentou 5cm na pré- avaliação
e 0 cm na pós-avaliação após a intervenção,
ou seja, um ganho de 5cm. O teste de
inclinação lateral à direita apresentou 44 cm
na pré-avaliação e 32 cm na pós-avaliação –
ganho de 12cm; já o teste de inclinação
lateral à esquerda apresentou 36 cm na préavaliação
e 33 cm na pós-avaliação – ganho
de 3cm.
Teste de flexibilidade
No gráfico 2 são apresentados os
resultados referentes ao teste de verificação
do encurtamento da cadeia posterior, com
mensuração dos ângulos coxo-femoral e
tíbio-társico, realizado pré e pós-intervenção
fisioterapêutica.
Gráfico 2: Resultados referentes ao teste de
flexibilidade “verificação de encurtamento
da cadeia muscular posterior com
mensuração do ângulo coxo-femoral e tíbiotársico”
– pré e pós-intervenção
fisioterapêutica.
0
20
40
60
80
100
120
Pré-avaliação Pós-avaliação
Ângulo coxo-femoral
Ângulo tíbio-társico
O sujeito da amostra deste estudo
apresentou, na pós-avaliação, uma melhora
na angulação coxo-femoral, uma vez que o
resultado na pré-avaliação foi de 120° e na
pós-avaliação de 105° - uma redução de 15°.
No que se refere ao ângulo tíbio-társico, na
pré-avaliação o resultado foi de 110° e na
pós-avaliação de 95° - reduzindo em 15° a
angulação.
Quadro Álgico
Sinal de Laségue
O quadro 1 apresenta os dados
referentes à realização do teste de Laségue
pré e pós-intervenção fisioterapêutica.
Quadro 1: Resultados referentes ao Teste de
Laségue realizado na pré e pós-intervenção
fisioterapêutica do sujeito da amostra.
Segmento Pré-avaliação Pós-avaliação
MI Direito Positivo Negativo
MI Esquerdo Positivo Negativo
A realização do teste de Laségue
apresentou sinal positivo bilateralmente na
pré-avaliação e sinal negativo bilateralmente
na pós-avaliação.
Escala de desconforto para diferentes
partes do corpo
Para a análise da escala de dor e
desconforto para diferentes partes do corpo,
5
na pré e pós-intervenção, seguem as Figuras
[A], [B] abaixo:
Figuras [A] Ilustração representando a
região e grau de desconforto relatados pelo
sujeito da amostra na avaliação préintervenção;
[B] Ilustração representando a
região e grau de desconforto relatados pelo
sujeito da amostra na avaliação pósintervenção.
[A]
[B]
Observando-se os resultados, verificase
que o sujeito da amostra, na préavaliação,
referiu dor suportável em cabeça e
ombro direito e dor insuportável em coluna
lombar e quadril direito. Já na pós-avaliação
o sujeito da amostra não referiu dor em
nenhuma parte do corpo.
DISCUSSÃO
De acordo com Craig (2005), o
Método Pilates®, através do alongamento,
ajuda a restaurar a boa postura ao corrigir os
desequilíbrios musculares, melhorando a
mobilidade articulatória, aumentando a
flexibilidade e fortalecendo os músculos
posturais. Os dados da avaliação da
mobilidade da coluna vertebral vão em
encontro com o comentado por Lima (2006),
que relatou que o Método Pilates® aplicado
em mulheres com lombalgia, mostrou-se
favorável na redução dos níveis de dores,
melhorando a qualidade das atividades de
vida diária, mostrando que em futuras
pesquisas podem ser importantíssimas para
comprovar a influência do Método Pilates®
sobre a flexibilidade, a capacidade
respiratória e os aspectos psíquicoemocionais.
Para Lima (2002), a realização dos
exercícios do Método Pilates® baseia-se na
organização do corpo, a qual é iniciada pelo
alongamento axial - recurso pelo qual o
sujeito da amostra desenvolverá um sentido
de crescimento através da idéia de
afastamento do topo da cabeça e a ponta do
cóccix, proporcionando um alongamento da
cadeia muscular posterior. Este mecanismo
favorece a abertura intra-articular vertebral e
o alinhamento da coluna como um todo,
possibilitando o ganho de um melhor e
maior arco de movimento, diminuindo a
rigidez o qual limita a flexibilidade, partindo
do princípio que a grande maioria das
lombalgias está relacionada com a má
distribuição de forças através do
Pré-intervenção
Pós-intervenção
6
desequilíbrio das curvas, sobrecarregando o
ponto de apoio na região lombar.
Diante do apresentado, sugere-se que o
Método Pilates® mostra-se como uma
ferramenta adequada e adaptável,
favorecendo a sua utilização como forma de
intervenção fisioterapêutica em pessoas que
sofrem de lombalgia crônica e apresentam
um encurtamento da cadeia muscular
posterior, sendo que os objetivos foram
alcançados, uma vez que a técnica teve
influência tanto na flexibilidade e/ou
mobilidade da articulação coxo-femural e
quanto da articulação tíbio-társica.
Segundo Tribastone (2001), as técnicas
de alongamento efetuadas em âmbito
reeducativo revelam-se úteis por meio da
recuperação da relação normal da tensãocomprimento,
no restabelecimento de um
harmônico equilíbrio funcional entre os
grupos musculares. Os alongamentos
musculares são indicados para preparar e
completar a tomada de consciência corporal
e o fortalecimento muscular.
Achour Junior (2004) menciona que a
concavidade lombar aumenta a convexidade
torácica, vindo a fazer com que a fáscia
tóraco-lombar torne-se rígida, aumentando o
estresse na região lombar e estreitando os
espaços entre os discos, consequentemente
havendo compressão e ciatalgia, achados
estes que tornam o Sinal de Lasegue
positivo. O mesmo autor ainda diz que o
alongamento dinâmico atua nutrindo os
discos intervertebrais, controlando a
compressão discal.
Lima (2002) descreve que o trabalho
do Método Pilates® é alcançar um
movimento eficiente com retomada ao
movimento funcional, melhorando o
desempenho e buscando facilitar a realização
do movimento, permitindo que o sujeito
esteja numa posição que minimize a
atividade da musculatura indesejada,
freqüentemente responsável por um
movimento ineficiente e fadiga precoce, o
que ocasionará lesão.
Para Moraes e Moro (2002), as
possíveis incidências de dor e desconforto
não são originárias somente da estrutura
corporal do indivíduo, sofrendo influências
diretas do ambiente de trabalho. No caso do
sujeito da amostra, segundo seu relato, o
ambiente de trabalho oferece estas
influências. A mesma autora ainda firma que
indivíduos que adotam, freqüentemente, uma
mesma posição durante longos períodos,
podem gerar consideráveis alterações no
alinhamento corporal, além de apresentaram
dor ou desconforto na musculatura mais
solicitada.
Resultados semelhantes aos deste
estudo foram observados no estudo de Lima
(2006), no qual um grupo experimental,
formado por mulheres de 25 a 30 anos com
diagnóstico de lombalgia crônica, passaram
por intervenção através do Método Pilates®.
Levantou-se que 80% das participantes do
estudo tiveram um decréscimo importante
nos níveis de dor, conforme a Escala
Comportamental da Dor utilizada como
instrumento de coleta de dados no referido
estudo.
Além dos dados apresentados neste
item, referentes ao quadro álgico do sujeito
da amostra, a mesma relatou, na préavaliação,
dor à palpação nos processos
espinhosos de L3, L4, L5 – e relatou
ausência desta dor na pós-avaliação.
Para Dillman (2004), um dos
principais elementos da boa postura é
possuir uma musculatura abdominal forte,
capaz de dar sustentação à coluna e à pelve.
Através do centro de força, o praticante
desenvolve força, controle e estabilidade do
tronco que repercutirá positivamente sobre
todos os movimentos.
Segundo Tribastone (2001), os maus
hábitos posturais podem ser auto corrigidos
com esforço voluntário de correção e com
anunciação de posições particulares. Para o
mesmo autor, para modificar o esquema
postural é oportuno e necessário: informar ao
indivíduo do esquema errado pela tomada de
7
consciência da postura alterada; promover a
aquisição de uma postura correta por meio
de ações educativas progressivas, com
modificações das respostas dos vários
receptores, para a criação de novos
esquemas posturais corretos. Isso pode ser
alcançado por meio de: dissociação das
incorretas sinergias preexistentes; escolha
das combinações motoras úteis; montagem
da nova unidade operativa, tentar corrigir o
esquema incorreto com meios de varias
naturezas (exercício de equilíbrio, esquema
corporal, educação respiratória etc.).
CONCLUSÃO
O estudo chegou ao final obtendo-se
como resultados: a melhora do quadro álgico
após a intervenção fisioterapêutica utilizando
exercícios baseados nos princípios do
Método Pilates® no solo. Com relação aos
testes de flexibilidades e mobilidade da
coluna vertebral, pode-se observar que a
aplicação dos princípios Método Pilates® no
solo teve efetiva aplicabilidade,
apresentando resultados positivos
identificados na comparação entre os dados
da pré e pós-avaliação.
Sendo assim, todos os objetivos
traçados deste estudo foram alcançados,
sugerindo os efeitos benéficos que o Método
Pilates® no solo pode proporcionar ao
individuo e que este se mostra como mais
uma opção no leque de recursos
fisioterapêuticos disponíveis para a
prescrição de uma intervenção diferenciada e
específica.
Fica como sugestão a realização de
estudos mais precisos sobre o Método
Pilates®, enfatizando um período mais longo
de aplicação da técnica, uma amostra maior
possibilitando uma análise estatística
específica.
Sugere-se também que sejam
desenvolvidos estudos utilizem mais
recursos na avaliação cinética-funcional
(como a eletromiografia de superfície ou a
avaliação isocinética dos músculos
abdominais), contribuindo para que a
utilização do Método Pilates® no solo tenha
reconhecimento cientifico – uma vez que
existem cada vez mais oportunidades no
mercado de trabalho em Fisioterapia para o
uso do Método Pilates® no solo como
recurso terapêutico voltado à reabilitação.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ACHOUR JÚNIOR, A. Flexibilidade e
alongamento: saúde e bem estar. Barueri:
Manole, 2004. 364 p.
ALEXANDRE, N. M. C.; MORAES, M. A.
A. Modelo de avaliação físico-funcional da
coluna vertebral. Rev. Latino-Am.
Enfermagem, v. 9, n. 2, p. 67-75, abr.2001.
ANDRADE, S. C., ARAÚJO, A. G. R.;
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Diego Alano Carvalho*; Inês Alessandra Xavier Lima**
......................................................................................................................................................
* Acadêmico do 8º semestre do Curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa
Catarina (UNISUL), ** Fisioterapeuta, Profissional de Educação Física, Professora das
disciplinas Cinesiologia e Cinesioterapia da UNISUL (Campus Tubarão e Grande
Florianópolis), Mestre em Educação Física.
RESUMO
Os quadros de lombalgia crônica podem
ter relação com fraqueza abdominal e
podem comprometer a independência
funcional e qualidade de vida do individuo.
O Método Pilates® possibilita vários
benefícios ao praticante através de
exercícios praticados com poucas
repetições, priorizando o trabalho
constante da musculatura abdominal,
podendo ser trabalhado em aparelhos ou no
solo (o chamado Mat Pilates®). Este
estudo, quase-experimental, objetivou
analisar os efeitos dos princípios do
Método Pilates® no solo na lombalgia
crônica, buscando identificar o nível de
quadro álgico e levantar a amplitude de
movimento da coluna lombar pré e pósintervenção,
tendo como amostra um
sujeito do gênero feminino (idade de 47
anos), com diagnóstico clínico de
lombalgia crônica. Como instrumentos
para a coleta de dados foram utilizados a
ficha de avaliação físico-funcional da
coluna vertebral (adaptada de Alexandre e
Moraes, 2001), testes para verificação do
nível de flexibilidade (HOPPENFELD,
1999; MARQUES,2000), o sinal de
Laségue (BATES, 2005) e o mapa de
desconforto para diferentes partes do corpo
(MORAES, 2002). Com relação ao quadro
álgico, obteve-se redução da dor na coluna
lombar e quadril direito; quanto à
flexibilidade e mobilidade da coluna
vertebral, houve diminuição da distância
no teste finger-floor e no teste de
inclinação lateral à direita e à esquerda,
além de fechamento dos ângulos coxofemoral
e tíbio-társico no pós-teste. Sendo
assim, os resultados sugerem que o Método
Pilates® no solo pode proporcionar efeitos
benéficos em quadros de lombalgia crônica
e que este se apresenta como mais um
recurso fisioterapêutico disponível para
uma intervenção diferenciada e específica.
Palavras-chaves: Dor Lombar,
Fisioterapia, Método Pilates®.
ABSTRACT
The pictures of chronic lomb back pain can
have relation with abdominal weakness
and can compromise functional
independence and quality of life of person.
The Pilates® Method makes possible some
benefits to the practitioner through
exercises practised with few repetitions,
prioritizing the constant work of the
abdominal muscle, being able to be worked
in devices or the ground (the call Mat
Pilates®). This study, almost-experiment,
it objectified to analyze the effect of the
principles of the Pilates® Method in the
ground in the chronic lomb back pain,
ARTIGO ORIGINAL
searching to identify the level of pain
picture and to raise the amplitude of
movement of the lumbar column daily pay
and after-intervention, being had as it
shows a citizen of the feminine sort (age of
47 years), with clinical diagnosis of
chronic lomb back pain. As instruments for
the collection of date they had been used
the evaluation fiche physicist-functionary
of the vertebral column (adapted of
Alexander and Moraes, 2001), tests for
verification of the level of flexibility
(HOPPENFELD, 1999; MARQUES,
2000), the signal of Laségue (BATES,
2005) and the map of discomfort for
different parts of the body (MORAES,
2002). With regard to the álgico picture,
reduction of pain in the lumbar column and
right hip was gotten; how much to the
flexibility and mobility of the vertebral
column, it had reduction of in the distance
in the finger-floor test and the test of
lateral inclination to the right and the left,
beyond closing of the angles lame personfemoral
and tíbio-társico in the after-test.
Being thus, the results suggest that the
Pilates® Method in the ground can provide
beneficial effect in pictures of chronic
lomb back pain and that this if presents as
plus an available Physiotherapie resource
for a differentiated and specific
intervention.
Key-words: Low back pain;
Physiotherapy; Pilates® method.
INTRODUÇÃO
O enfraquecimento da musculatura
abdominal pode causar danos à saúde do ser
humano, e estes danos podem interferir
seriamente nas atividades de vida diária
(AVD’s) de uma pessoa. Uma musculatura
abdominal fraca poderá facilitar o
desenvolvimento de alterações na coluna
vertebral, com conseqüências como a
lombalgia, a qual pode interferir na
biomecânica da coluna vertebral, que exerce
um papel importante nos movimentos
realizado pelo corpo humano, dando
estabilidade e ampliando os movimentos,
muitas vezes comprometendo a
independência funcional do individuo e sua
qualidade de vida.
Para Andrade, Araujo e Vilar (2005, p.
224), a “dor lombar é uma das alterações
músculo-esqueléticas mais comum na
sociedade, podendo afetar cerca 70% a 80%
de pessoas em algum momento de suas
vida”.
Mendes (1996) conceitua lombalgia
crônica com “a dor persistente durante três
meses, no mínimo, o que corresponde a 10%
dos sujeitos das amostras acometidos por
lombalgia aguda recidivante. Esse tipo de
lombalgia é mais comum em sujeito da
amostras de 45 a 50 anos”. Os principais
fatores responsáveis pela cronicidade das
dores lombares são problemas psicológicos,
baixo nível de escolaridade, trabalho pesado
ou em postura sentada, levantar grandes
quantidades de peso, sedentarismo, acidentes
de trabalho, dirigir veículos, horas
excessivas de trabalho, gravidez, ferimentos
e tabagismo. Nieman (1999), em relação à
prevalência sexual e etária, relata que é mais
comum a dor lombar em mulheres que em
homens e que esta patologia acomete
geralmente mais indivíduos na idade
produtiva em média dos 25 aos 60 anos.
O músculo que tem como um dos
objetivos principais dar estabilidade à coluna
vertebral é o transverso abdominal, uma vez
que a função dele é de envolver a coluna
vertebral e a cintura pélvica estabilizando a
coluna lombar. Um músculo transverso
abdominal forte garante uma maior
estabilidade a coluna vertebral, e é neste
músculo que está o foco da atuação do
Método Pilates®.
Os músculos abdominais participam
no suporte da coluna, funcionando de uma
maneira que diminua a tensão exercida sobre
a mesma, sendo que este suporte dado a ela
poderá ser diminuído com o
enfraquecimento de tal musculatura, visto
que o fortalecimento dos músculos
abdominais trará mais estabilidade à coluna
vertebral.
O Método Pilates®, segundo o criador
do método - Joseph Pilates possibilita vários
benefícios ao praticante, desde o
aprimoramento da resistência à fadiga ao
alinhamento corporal, através de exercícios
de fortalecimento praticados com poucas
repetições, os quais exigem muita
concentração e atenção.
O referido método prioriza a o trabalho
muscular abdominal para garantir a boa
funcionalidade da coluna vertebral, entre
outras coisas, viabilizando a independência
funcional dos praticantes. Atualmente, o
Método Pilates® vem sendo utilizado por
profissionais fisioterapeutas com a intenção
de reverter quadros de disfunção da coluna
vertebral, inclusive da região lombar.
Em função da utilização cada vez mais
freqüente deste método com enfoque
terapêutico, mostra-se interessante
identificar sua repercussão em um quadro
álgico bastante prevalente na sociedade
ocidental, a lombalgia crônica, a fim de
garantir maiores informações aos
profissionais fisioterapeutas e à sociedade
em geral.
Existem vários estudos científicos
feitos sobre as doenças da coluna vertebral,
mas há certa escassez em estudos
relacionados ao tratamento da lombalgia
crônica. Estudos que falam sobre o
2
tratamento da lombalgia crônica acabam
optando e utilizando como tratamento, uma
relação de exercícios onde se utiliza de
vários artifícios, poucas vezes priorizando
um único método de exercícios como
tratamento. Sendo assim, justifica-se este
estudo pela dificuldade de encontrar
materiais científicos especificamente
relacionados ao tratamento da lombalgia
crônica com o uso exclusivo de um método,
mais especificamente, utilizando os
princípios do Método Pilates® no solo de
forma terapêutica, tendo como objetivo geral
analisar os efeitos dos princípios do Método
Pilates® no solo na lombalgia crônica e
como objetivo especifico identificar o nível
do quadro álgico e levantar a ADM da
coluna lombar da amostra pré e pósintervenção
fisioterapêutica.
MATERIAL E MÉTODOS
Neste estudo do tipo quantitativo de
intervenção quanto à abordagem, explicativa
quanto ao nível e um estudo de caso quanto
ao procedimento; a amostra foi constituída
por um sujeito do gênero feminino, com
idade de 47 anos e diagnóstico clínico de
lombalgia crônica.Os critérios de inclusão da
amostra foram: gênero feminino; idade 45 a
50 anos; diagnóstico clínico de lombalgia
crônica; disponibilidade de tempo para o
tratamento em estudo; ausência de
tratamentos associados e ser residente em
Tubarão ou região.
Para a coleta de dados desta pesquisa
foram utilizados os seguintes instrumentos:
ficha de avaliação adaptada de Alexandre e
Moraes (2001), na qual constam os itens
identificação, história de saúde, sinais e
sintomas específicos, exame físico
específico e testes especiais - teste dedo
médio x chão/ “finger-floor”
(HOPPENFELD, 1999), teste de inclinação
lateral do tronco (HOPPENFELD, 1999),
teste de retração da cadeia muscular
posterior (MARQUES,2000) e sinal de
Laségue (BATES, 2005); Escala de
desconforto para diferentes partes do corpo
(MORAES, 2002); tatame; bola terapêutica
da marca Gynic-Line® de 40 cm de
diâmetro; cunha e rolo pequeno com
circunferência de 68 cm.
Inicialmente, foi realizada uma triagem
na lista de espera da Clínica-Escola de
Fisioterapia, da UNISUL, campus Tubarão-
SC, em busca de adultos do gênero feminino
encaminhadas à intervenção fisioterapêutica
com diagnóstico clínico de lombalgia.
Simultaneamente, houve o recebimento do
parecer do Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade do Sul de Santa Catarina
(CEP/UNISUL), código 0.6.168.4.08.III,
aprovando a realização o estudo. A partir da
identificação dos casos, os sujeitos foram
contactados via telefone, oportunidade na
qual foram questionados a respeito dos
critérios de inclusão. O sujeito que se
enquadrou em todos os critérios foi
convidado a comparecer à Clínica-Escola de
Fisioterapia da UNISUL, no dia 18/08/2006,
para a realização da avaliação
fisioterapêutica. O mesmo foi orientado a
comparecer com roupa adequada para a
realização da referida avaliação e somente
foi avaliado após a assinatura do termo de
consentimento livre e esclarecido (TCLE).
A avaliação fisioterapêutica iniciou
com a aplicação da ficha de avaliação físicofuncional
da coluna vertebral, com a qual
foram levantados os dados pessoais, história
de saúde (aspectos posturais e ergonômicos),
sinais e sintomas específicos (considerações
sobre as dores), exame físico específico
(inspeção estática, inspeção dinâmica
palpação, avaliação muscular específica)
manobras especiais (sinal de Laségue,
“finger-floor”, teste de inclinação lateral de
tronco e teste de retração de cadeia
posterior) e avaliação de dor e desconforto
através da escala de desconforto para
diferentes partes do corpo.
3
A partir da avaliação inicial, foram
agendados os atendimentos fisioterapêuticos
e elaboradas as prescrições de exercícios
baseados nos princípios método Pilates no
solo. Cada intervenção fisioterapêutica foi
composta por exercícios globais, os quais
trabalharam simultaneamente padrão
ventilatório, alongamento e fortalecimento
muscular, com a intenção de diminuir ou
eliminar o quadro de lombalgia crônica e
suas conseqüências.
Foram realizados dois (2)
atendimentos semanais, às 3ª e 5ª feiras, com
duração média de 60 minutos cada, durante
cinco (5) semanas, totalizando dez (10)
atendimentos, sendo que o primeiro e o
último atendimento foram utilizados para a
avaliação pré e pós-intervenção,
respectivamente; sendo este o número de
intervenções viável em função do tempo
disponível para a realização da coleta de
dados. Na avaliação pós-intervenção
fisioterapêutica foram seguidos os mesmos
meios e procedimentos utilizados no préteste.
Os atendimentos foram realizados nas
dependências da Clínica-Escola de
Fisioterapia da UNISUL/Campus Tubarão,
no período entre 28/09/2006 a 03/10/2006,
consistindo de exercícios terapêuticos
baseados nos princípios do método Pilates®
no solo, realizados em decúbito dorsal,
decúbito ventral e sentada.
Foram 7 (sete) os exercícios
trabalhados nos atendimentos, os quais
foram inseridos de forma progressiva com
relação ao grau de dificuldade na execução.
Todos os exercícios foram definidos a partir
dos dados coletados na pré-avaliação e na
evolução do sujeito da amostra no decorrer
da intervenção fisioterapêutica.
Foram escolhidas posturas que
mantivessem as curvaturas fisiológicas da
coluna e que promovessem apoio e
estabilidade à coluna lombar, ativando a
contração da musculatura abdominal, das
coxas e glúteos: “o cem”, “círculo com uma
perna”, “estiramento da coluna para frente”,
“estiramento das duas pernas”, “cisne”,
“rolamento para frente” e “alongamento de
uma perna”.
Os exercícios utilizados, de acordo
com Aparício e Perez (2005), Civita (2004),
Craig (2004), Dillman (2004), Herdaman e
Selby (2000), são considerados básicos.
Entretanto, mesmo com o fato de no decorrer
das intervenções o sujeito da amostra
mostrar-se capaz de realizar exercícios de
nível moderado, não houve alteração no
nível de intensidade dos exercícios devido a
pouca afinidade do sujeito da amostra com o
método.
Deu-se inicio às intervenções
aplicando uma postura por atendimento, de
maneira que elas foram cumulativas até
somarem três. No momento em que ocorreu
o quarto atendimento, o exercício aprendido
no primeiro atendimento foi substituído pelo
exercício aprendido no atendimento do dia, e
assim sucessivamente.
As posturas realizadas no tratamento
foram precedidas pelo exercício de ponte, o
qual foi utilizado em todos os atendimentos
como aquecimento prévio aos exercícios
baseados no método Pilates® no solo. Kisner
e Colby (1992) comentam que o exercício de
ponte serve para obter um fortalecimento da
musculatura glútea e parte inferior de tronco,
possibilitando a melhora do controle de
tronco inferior e dos membros inferiores
(MMII) e aumentando a força dos
estabilizadores de quadril.
RESULTADOS
A seguir são apresentados os
resultados da coleta de dados pré e pósintervenção
fisioterapêutica. Os dados
coletados foram organizados e apresentados
em gráficos e ilustrações, e tratados através
de estatística descritiva. Na análise
estatística foi aplicada para a variável
estudada, a estatística descritiva
(freqüência).
4
Amplitude de Movimento
Testes de mobilidade da coluna vertebral
Os testes de mobilidade da coluna
vertebral foram realizados na avaliação pré e
pós-intervenção no sujeito da amostra,
conforme apresentado no gráfico 1.
Gráfico 1: Resultados referentes aos testes
de mobilidade da coluna vertebral “fingerfloor”,
“inclinação lateral à direita” e
“inclinação lateral à esquerda” – pré e pósintervenção
fisioterapêutica.
0
10
20
30
40
50
Finger-floor Inclinação
Lateral D
Inclinação
Lateral E
Pré-avaliação
Pós-avaliação
A realização do teste de Finger–floor
na amostra apresentou 5cm na pré- avaliação
e 0 cm na pós-avaliação após a intervenção,
ou seja, um ganho de 5cm. O teste de
inclinação lateral à direita apresentou 44 cm
na pré-avaliação e 32 cm na pós-avaliação –
ganho de 12cm; já o teste de inclinação
lateral à esquerda apresentou 36 cm na préavaliação
e 33 cm na pós-avaliação – ganho
de 3cm.
Teste de flexibilidade
No gráfico 2 são apresentados os
resultados referentes ao teste de verificação
do encurtamento da cadeia posterior, com
mensuração dos ângulos coxo-femoral e
tíbio-társico, realizado pré e pós-intervenção
fisioterapêutica.
Gráfico 2: Resultados referentes ao teste de
flexibilidade “verificação de encurtamento
da cadeia muscular posterior com
mensuração do ângulo coxo-femoral e tíbiotársico”
– pré e pós-intervenção
fisioterapêutica.
0
20
40
60
80
100
120
Pré-avaliação Pós-avaliação
Ângulo coxo-femoral
Ângulo tíbio-társico
O sujeito da amostra deste estudo
apresentou, na pós-avaliação, uma melhora
na angulação coxo-femoral, uma vez que o
resultado na pré-avaliação foi de 120° e na
pós-avaliação de 105° - uma redução de 15°.
No que se refere ao ângulo tíbio-társico, na
pré-avaliação o resultado foi de 110° e na
pós-avaliação de 95° - reduzindo em 15° a
angulação.
Quadro Álgico
Sinal de Laségue
O quadro 1 apresenta os dados
referentes à realização do teste de Laségue
pré e pós-intervenção fisioterapêutica.
Quadro 1: Resultados referentes ao Teste de
Laségue realizado na pré e pós-intervenção
fisioterapêutica do sujeito da amostra.
Segmento Pré-avaliação Pós-avaliação
MI Direito Positivo Negativo
MI Esquerdo Positivo Negativo
A realização do teste de Laségue
apresentou sinal positivo bilateralmente na
pré-avaliação e sinal negativo bilateralmente
na pós-avaliação.
Escala de desconforto para diferentes
partes do corpo
Para a análise da escala de dor e
desconforto para diferentes partes do corpo,
5
na pré e pós-intervenção, seguem as Figuras
[A], [B] abaixo:
Figuras [A] Ilustração representando a
região e grau de desconforto relatados pelo
sujeito da amostra na avaliação préintervenção;
[B] Ilustração representando a
região e grau de desconforto relatados pelo
sujeito da amostra na avaliação pósintervenção.
[A]
[B]
Observando-se os resultados, verificase
que o sujeito da amostra, na préavaliação,
referiu dor suportável em cabeça e
ombro direito e dor insuportável em coluna
lombar e quadril direito. Já na pós-avaliação
o sujeito da amostra não referiu dor em
nenhuma parte do corpo.
DISCUSSÃO
De acordo com Craig (2005), o
Método Pilates®, através do alongamento,
ajuda a restaurar a boa postura ao corrigir os
desequilíbrios musculares, melhorando a
mobilidade articulatória, aumentando a
flexibilidade e fortalecendo os músculos
posturais. Os dados da avaliação da
mobilidade da coluna vertebral vão em
encontro com o comentado por Lima (2006),
que relatou que o Método Pilates® aplicado
em mulheres com lombalgia, mostrou-se
favorável na redução dos níveis de dores,
melhorando a qualidade das atividades de
vida diária, mostrando que em futuras
pesquisas podem ser importantíssimas para
comprovar a influência do Método Pilates®
sobre a flexibilidade, a capacidade
respiratória e os aspectos psíquicoemocionais.
Para Lima (2002), a realização dos
exercícios do Método Pilates® baseia-se na
organização do corpo, a qual é iniciada pelo
alongamento axial - recurso pelo qual o
sujeito da amostra desenvolverá um sentido
de crescimento através da idéia de
afastamento do topo da cabeça e a ponta do
cóccix, proporcionando um alongamento da
cadeia muscular posterior. Este mecanismo
favorece a abertura intra-articular vertebral e
o alinhamento da coluna como um todo,
possibilitando o ganho de um melhor e
maior arco de movimento, diminuindo a
rigidez o qual limita a flexibilidade, partindo
do princípio que a grande maioria das
lombalgias está relacionada com a má
distribuição de forças através do
Pré-intervenção
Pós-intervenção
6
desequilíbrio das curvas, sobrecarregando o
ponto de apoio na região lombar.
Diante do apresentado, sugere-se que o
Método Pilates® mostra-se como uma
ferramenta adequada e adaptável,
favorecendo a sua utilização como forma de
intervenção fisioterapêutica em pessoas que
sofrem de lombalgia crônica e apresentam
um encurtamento da cadeia muscular
posterior, sendo que os objetivos foram
alcançados, uma vez que a técnica teve
influência tanto na flexibilidade e/ou
mobilidade da articulação coxo-femural e
quanto da articulação tíbio-társica.
Segundo Tribastone (2001), as técnicas
de alongamento efetuadas em âmbito
reeducativo revelam-se úteis por meio da
recuperação da relação normal da tensãocomprimento,
no restabelecimento de um
harmônico equilíbrio funcional entre os
grupos musculares. Os alongamentos
musculares são indicados para preparar e
completar a tomada de consciência corporal
e o fortalecimento muscular.
Achour Junior (2004) menciona que a
concavidade lombar aumenta a convexidade
torácica, vindo a fazer com que a fáscia
tóraco-lombar torne-se rígida, aumentando o
estresse na região lombar e estreitando os
espaços entre os discos, consequentemente
havendo compressão e ciatalgia, achados
estes que tornam o Sinal de Lasegue
positivo. O mesmo autor ainda diz que o
alongamento dinâmico atua nutrindo os
discos intervertebrais, controlando a
compressão discal.
Lima (2002) descreve que o trabalho
do Método Pilates® é alcançar um
movimento eficiente com retomada ao
movimento funcional, melhorando o
desempenho e buscando facilitar a realização
do movimento, permitindo que o sujeito
esteja numa posição que minimize a
atividade da musculatura indesejada,
freqüentemente responsável por um
movimento ineficiente e fadiga precoce, o
que ocasionará lesão.
Para Moraes e Moro (2002), as
possíveis incidências de dor e desconforto
não são originárias somente da estrutura
corporal do indivíduo, sofrendo influências
diretas do ambiente de trabalho. No caso do
sujeito da amostra, segundo seu relato, o
ambiente de trabalho oferece estas
influências. A mesma autora ainda firma que
indivíduos que adotam, freqüentemente, uma
mesma posição durante longos períodos,
podem gerar consideráveis alterações no
alinhamento corporal, além de apresentaram
dor ou desconforto na musculatura mais
solicitada.
Resultados semelhantes aos deste
estudo foram observados no estudo de Lima
(2006), no qual um grupo experimental,
formado por mulheres de 25 a 30 anos com
diagnóstico de lombalgia crônica, passaram
por intervenção através do Método Pilates®.
Levantou-se que 80% das participantes do
estudo tiveram um decréscimo importante
nos níveis de dor, conforme a Escala
Comportamental da Dor utilizada como
instrumento de coleta de dados no referido
estudo.
Além dos dados apresentados neste
item, referentes ao quadro álgico do sujeito
da amostra, a mesma relatou, na préavaliação,
dor à palpação nos processos
espinhosos de L3, L4, L5 – e relatou
ausência desta dor na pós-avaliação.
Para Dillman (2004), um dos
principais elementos da boa postura é
possuir uma musculatura abdominal forte,
capaz de dar sustentação à coluna e à pelve.
Através do centro de força, o praticante
desenvolve força, controle e estabilidade do
tronco que repercutirá positivamente sobre
todos os movimentos.
Segundo Tribastone (2001), os maus
hábitos posturais podem ser auto corrigidos
com esforço voluntário de correção e com
anunciação de posições particulares. Para o
mesmo autor, para modificar o esquema
postural é oportuno e necessário: informar ao
indivíduo do esquema errado pela tomada de
7
consciência da postura alterada; promover a
aquisição de uma postura correta por meio
de ações educativas progressivas, com
modificações das respostas dos vários
receptores, para a criação de novos
esquemas posturais corretos. Isso pode ser
alcançado por meio de: dissociação das
incorretas sinergias preexistentes; escolha
das combinações motoras úteis; montagem
da nova unidade operativa, tentar corrigir o
esquema incorreto com meios de varias
naturezas (exercício de equilíbrio, esquema
corporal, educação respiratória etc.).
CONCLUSÃO
O estudo chegou ao final obtendo-se
como resultados: a melhora do quadro álgico
após a intervenção fisioterapêutica utilizando
exercícios baseados nos princípios do
Método Pilates® no solo. Com relação aos
testes de flexibilidades e mobilidade da
coluna vertebral, pode-se observar que a
aplicação dos princípios Método Pilates® no
solo teve efetiva aplicabilidade,
apresentando resultados positivos
identificados na comparação entre os dados
da pré e pós-avaliação.
Sendo assim, todos os objetivos
traçados deste estudo foram alcançados,
sugerindo os efeitos benéficos que o Método
Pilates® no solo pode proporcionar ao
individuo e que este se mostra como mais
uma opção no leque de recursos
fisioterapêuticos disponíveis para a
prescrição de uma intervenção diferenciada e
específica.
Fica como sugestão a realização de
estudos mais precisos sobre o Método
Pilates®, enfatizando um período mais longo
de aplicação da técnica, uma amostra maior
possibilitando uma análise estatística
específica.
Sugere-se também que sejam
desenvolvidos estudos utilizem mais
recursos na avaliação cinética-funcional
(como a eletromiografia de superfície ou a
avaliação isocinética dos músculos
abdominais), contribuindo para que a
utilização do Método Pilates® no solo tenha
reconhecimento cientifico – uma vez que
existem cada vez mais oportunidades no
mercado de trabalho em Fisioterapia para o
uso do Método Pilates® no solo como
recurso terapêutico voltado à reabilitação.
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2001.
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
Em breve. Grupo de corrida
Galera em fevereiro vou lançar o Grupo de corrida: Benessere ( sáude)
espero contar com vcs!
vai ter nutricionista, fisioterapeuta, massagista e educador fisico.. aguardem maiores informações...
espero contar com vcs!
vai ter nutricionista, fisioterapeuta, massagista e educador fisico.. aguardem maiores informações...
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